Friday, September 15, 2006

N´DAMBI - "Little Lost Girls Blues"



Fabuloso álbum de estréia da backing vocal principal da banda de Erykah Badu, N´Dambi. Nu Soul jazzístico da melhor qualidade, com vocais perfeitos e melodias idem. Ouvindo o álbum, a sensação que se tem é de tranquilidade total, com grooves lentos e gordos e um flow sensacional. Picture This já abre o álbum com tudo e faz faler a bolacha. Baixe já !!

Tracklist:

1. Picture This
2. Deep
3. Rain
4. What's Wrong With You
5. The Meeting
6. See Ya In My Dreams
7. Lonely Woman
8. Soul From The Abyss
9. The Sunshine
10. Can This Be Love
11. I Think For Sure
12. Broke My Heart
13. Crazy World
14. Lonely Woman (Interlude)

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Thursday, September 14, 2006

ROY AYERS PRESENTS UBIQUITY - "Starbooty"



Raridade !!!!!

Funkeira acelerada da pesada, bem ao estilo dos álbuns setentistas de Ayers. Neste álbum, o vibrafonista apenas produz o álbum e arranja algumas faixas, afinal de contas, uma espécie de troca de favores, uma vez que o Ubiquity abrilhantou muitos álbuns de Roy. Aqui, a banda resolve mostrar a cara, dizendo o porque de ter sido escolhida por Ayers para acompanhá-lo por tanto tempo... Comprovem !!

Tracklist:

1. Starbooty
2. Simple and Sweet
3. Spread It
4. The Five Flies
5. Midnight After Dark
6. Love Is Love
7. Can You Be Yourself
8. If You Wanna See The Sunshine

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DEODATO - "Summer Samba: Deodato Plays Marcos Valle"


Mais uma grande obra de Eumir Deodato. Um mestre recriando canções de um outro mestre. Simplesmente essencial...

Tracklist:
1. Crickets Sing for Anamaria [Os Grilos]
2. Summer Samba [Samba de Verão]
3. Maria's Dream [Sonho de Maria]
4. Even More Beautiful
5. Land of No Body
6. Chup, Chup, I Got Away [Gente]
7. Love for Nothing
8. Out of Time
9. Flap
10. White Puma
11. Summer Samba (Samba de Verão) [Original LP Stereo Mix] - Marcos Valle
12. Crickets Sing for Anamaria [Original LP Stereo Mix]
13. Crickets Sing for Anamaria [Original Single Mono Mix]

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Direto do Laboratório ... várias experiencias ...



Já faz tempo que o Rap, principalmente no Brasil, deixou de ter aquela batida repetitiva, vocais exclusivamente falados e letras que se restringem unicamente a temas como violência, desigualdade social e a dura realidade da periferia. Essa vertente do Rap, ainda existe e é, sem dúvida, das mais fortes dentro do estilo. Porém, a mistura com R&B, Funk de raiz, Hip Hop, Soul entre outros estilos de música se torna cada vez mais freqüente, assim como as rimas que tratam de temas variados e, às vezes, até bem humorados.
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Como uma forma de registrar esse fenômeno, o álbum “Direto do Laboratório” reuniu 13 dos nomes que mais têm se destacado na cena do Rap nacional nos dias de hoje. Misturando nomes já conhecidos como Max B.O., SP Funk e Potencial 3 com os estreantes do Projeto Manada, Elo da Corrente e Ciência Rimática, o saldo final é extremamente positivo.
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A preocupação com os arranjos mais elaborados, produção instrumental bem cuidada e até com refrãos cheios de melodia, mostra que os grupos estão em constante evolução. As experimentações desse “Laboratório” provam que apesar de não terem muito espaço na mídia, os MCs formam uma cena consistente e em crescimento acelerado.
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É difícil apontar destaques. Os momentos que mais chamam a atenção do ouvinte num primeiro momento, entretanto, acabam sendo a irreverente “Vagabundo”, do Quinto Andar, a presença feminina de Lurdez da Luz em “Crash! Bum! Bang!”, do Mamelo Soud System e “Saber Jogar”, do Conseqüência, que faz uma analogia das dificuldades da vida com um jogo de xadrez.
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Em mais de 50 minutos de rimas, “Direto do Laboratório” acaba cumprindo seu papel e, além de dar uma oportunidade para novos talentos e divulgar outros que, mesmo veteranos ainda são desconhecidos, dá também um passo a mais na divulgação e no combate ao preconceito contra o Rap nacional.

Faixas:
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01. A Volta dos que Não Foram (SP Funk)
02. Primeiro Ato (Projeto Manada)
03. Processo (Ascendência Mista)
04. Se Joga (Max B. O.)
05. Vagabubndo (Quinto Andar)
06. Rastro Mágico (Rua de Baixo)
07. Saber Jogar (Conseqüência)
08. O Grau do Meu Som (Potencial 3)
09. Crash! Bum! Bang! (Mamelo Sound System)
10. Godfather Dominando o Espaço Sideral (Ciência Rimática)
11. Bairros Cidades Estrelas Constelações (Mzuri Sana)
12. Alguns Pensamentos (Elo da Corrente)
13. Unhas e Dentes (Paulo Napoli)
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Então liga o toca-discos e boa viagem: Direto do Laboratório

Fonte : www.tocadiscopublico.blogspot.com

Thursday, September 07, 2006

INTERROGAÇÃO

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.

Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de inverno.

(...)

Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha

Ouvindo :Cotom Comes To harlen- Harlen Medely ( Blaxpotation)

Wednesday, September 06, 2006

Especial Mix Tapes - 2ª Parte ( Dj Tamenpi)

No Brasil a cultura das mixtapes nunca teve muita notoriedade. Aqui era mais um cartão de visita de um DJ, um set gravado das principais músicas, nunca foi algo realmente levado a sério. Porém, quatro anos pra cá estão aparecendo diversos lançamentos, sempre de maneira independente e com pouco apoio. Mas mesmo assim bastante coisa de qualidade.





Um dos primeiros exemplos foi o MC/produtor Parteum, conhecido do Rap alternativo brasileiro. Ex-skatista profissional, Parteum lançou uma mixtape intitulada “Patrocínio Quebrado” antes de lançar seu disco oficial, “Raciocínio Quebrado”, pela gravadora Trama.


Nessa mix fez um cd com alguns remixes de músicas que estão no álbum, músicas novas de seu grupo, Mzuri Sana e músicas instrumentais que ficaram de fora do álbum, “A intenção foi divulgar meu trampo sem ter de esperar pelo lançamento oficial do Raciocínio Quebrado”, diz. Depois do lançamento do disco oficial, lançou outra mix chamada “Entressafra” com um material que tinha ficado de fora do disco, e mais mixtapes vem aí, “já tem outra no forno”. “A arte independe da sazonalidade do ´Mercadão´. Vendo as mixtapes nos shows e em algumas lojas de skate, nada muito divulgado”, complementa.


O ano de 2005 teve ótimos lançamentos. Um deles foi a mixtape “Raps de Verão” idealizada pelo rapper Paulo Napoli, com apoio da marca de roupa Most. A “Raps de Verão" surgiu da necessidade de mostrar toda uma cena que ainda está escondida dos olhos do grande público. Juntei todo esse material pelo MSN Messenger e mixei em casa todos esses grupos.

O resultado foi uma coletânea única, que registra um momento específico do Rap no Brasil. A Most bancou a produção dos CDs e tivemos alguns grandes momentos com shows em SP e RJ”, fala Napoli. Nessa mix saíram grupos que ainda não tinham lançado seu
trabalho.




Outro destaque de mixtape brasileira foi a do MC/produtor Munhoz, que produziu todas as faixas e chamou MCs que considera importantes na cena atual do Rap alternativo. O resultado é a mixtape ”Munhoz & Prof° M. Stereo – Beats e Rimas Vol. 1” com 21 faixas de ótima qualidade. Uma grande surpresa nessa mix é o Prof° M. Stereo, um alter ego jazzistico do Munhoz que assina as passagens mais inebriantes dessa empreitada.

“Prof. M.Stereo é um nome que eu criei, pra dar vazão a um lado mais musical e experimental meu. Ele surgiu numa época que eu tava meio recluso, e vivendo uma fase bem difícil da minha vida, e as músicas que eu fiz com ele, foram quase psicografadas”, explica Munhoz.




No meio do ano passado, um dos MCs mais conceituados da cena brasileira lançou uma mixtape com um estilo bem particular. Esse MC se chama Kamau, MC do Instituto, do Simples e do extinto Conseqüência. Sua mix se chama “Sinopse”, onde ele faz uma amostra de toda sua carreira: “a intenção é mostrar meus trabalhos antigos com uma levada melhor e mostrar o que está por vir, pois é uma fase de transição pela qual passo no momento.


A mixtape reúne rimas feitas entre 97 e 2005 sendo uma mistura entre participações e músicas ainda não lançadas” diz. Essa mix foi feita nos moldes americanos, onde o MC e o DJ mostram muito serviço. Ele optou por colocar instrumentais de Rap gringo, “eu queria que a mixtape tivesse uma continuidade como de shows com interação entre DJ e MC, e não existem muitos vinis de instrumentais nacionais, e essa variedade era necessária pra se adaptar às várias letras que eu tinha pra mostrar”, explica. “Quando eu comecei no Rap a gente costumava comprar os vinis pra fazer show e era uma das maiores alegrias, comprar um instrumental pra usar no show. Eu quis retomar esse espírito e usar alguns discos que eu comprei e alguns que o Willian (DJ que mixou a mixtape) tinha também”, acrescenta.





O Rio de Janeiro também entrou nesse caminho das mixtapes. Na verdade o Rio lançou uma mixtape em 99, que vinha encartada numa revista. Era da Festa Zoeira Hip-Hop, que mostrava os grupos que freqüentavam a lendária festa que foi o ponta pé inicial pro Rap alternativo carioca. Mas em outubro de 2005 saiu a mixtape da nova geração carioca. Estamos falando da “Ikyxtape”, mixtape produzida por Iky Castilho.



São 28 faixas com a nata do Rap carioca, além de participações de grandes nomes de Sampa “A minha intenção principal foi tipo, vou botar o meu bloco na rua. Uma mixtape com umas músicas minhas chamar alguns amigos pra rimar nos meus beats e botar pra download de graça na Internet, a idéia foi essa. Durante o processo de gravação algumas pessoas ouviram e acharam que valia a pena fazer uma tiragem em CD”, explica Iky. Ela saiu com mixagem do DJ Babão e uma arte muito bem feita com graffitis de artistas cariocas de nome como Smael e Acme.






Mas não é só na música Rap que as mixtapes estão aparecendo aqui no Brasil. Um grande exemplo disso são as mixtapes lançadas pelo DJ paulista Pedrinho DubStrong. Ele já está em seu terceiro lançamento de mixtapes de música jamaicana. Seu primeiro lançamento “Original Fever” com participação do rapper francês Pyroman foi um sucesso de critica.




Nela, Dubstrong mixa grandes clássicos do Roots Reggae junto com raridades que ele, como colecionador e pesquisador de reggae (apesar de ser mais conhecido como DJ de Hip-Hop) possui. “A cultura das mixtapes é essencialmente norte americana, veio do Hip-Hop, que por sua vez é descendente direto do reggae. Na música jamaicana até existem algumas mixtapes, mas é nos “soundclashs” e nos “dubplates” que os jamaicanos extravasam. Nas minhas mixtapes também costumo gravar alguns ´dubplates´, que são versões exclusivas com MCs brasileiros ou gringos” diz. “Sou DJ de Hip-Hop também, mas o reggae e a cultura jamaicana sempre foram minha fonte primordial de pesquisa, então nada mais natural do que unir as duas culturas e fazer uma releitura através de mixtapes”. Aprovadíssima a idéia. O sucesso o fez lançar outra mais voltada para o ragga e dancehall (Uptown Skank), e em seguida lançou a “Uptown Skank Vol. 2” com um apanhado geral da música jamaicana.

A opção da mixtape no Brasil é uma coisa muito importante. Ela dá a oportunidade do artista aparecer sem precisar gastar uma quantidade muito alta de grana, e ainda possibilita fazer discos em parceria, vários grupos fazendo seu trabalho e lançados juntos.

+ Leia a 1º Parte

Fonte: www.bocadaforte.com.br

Ouvindo: DJ Tamenpi - Di Caô Vol. III

Tuesday, September 05, 2006

Frase do dia !!!

Ladrão que rouba ladrão, Ganha a eleição !!!!!!!!

Ouvindo: Mc Solaar - RMI

Saturday, August 26, 2006

The Roots - Game Theory ( Mp3 free)


Esse aqui é o novo play do The Roots que vai ser lançado só dia 29 de Agosto, mas vcs já podem baixar aqui no Trabalho Mental. Aproveitem pq esse disco está cabuloso e tem várias participações bacanas!

Diz a lenda que eles estarão no hutus hip-hop deste ano,é esperar pra conferir.

The Roots - Game Theory

1. Dilltastic Vol Won(derful)
2. False Media
3. Game Theory (Malik B. and The Roots)
4. Don't Feel Right
5. In the Music (Malik B. and The Roots)
6. Take It There
7. Baby
8. Here I Come (Malik B., Dice Raw and The Roots)
9. Long Time (Peedi Peedi, The Roots and Bunny Sigler)
10. Livin' in a New World11. Clock with No Hands
12. Atonement (Jack Davey and The Roots)
13. Can't Stop This

Para baixar clique aqui

Fonte : www.trabalhomental.blogspot.com

Ouvindo: jayme marques - "Hooked on Green" ( Quen tiver alguma coisa dele me fala é dificil heinn)

F.R.A.S.E.

'Não despreze a masturbação - é fazer sexo com a pessoa que você mais ama.

"Woody Allen"

Herbie Hancock no Brasil...


Saiu a programação do tim festival,varias atraçãoes loka,pra destacar Bestie boys,dj shadon no rio, o bom é que aki em sampa vai estar o fenomeno " Herbie Hancock".

Vai ahe a programação de sampa.

Dia 27:Auditório Ibirapuera (20h30) - Stefano Bollani, Ahmad Jamal, Herbie Hancock

Dia 28:Auditório Ibirapuera (20h30) - Ivan Lins/Tributo, Jennifer Sanon, Maria Schneider

Dia 29:Anhembi (18h) - Mombojó, TV On The Radio, Thievery Corporation, Yeah Yeah Yeahs, Daft Punk
Auditório Ibirapuera (20h30) - André Mehmari Trio, Roy Hargrove, Charlie Haden

Só preparar o kaskalho porque o baguio é karo pra cacete.

Ouvindo: O som pisicodélico de tony hit´s. radio uol

Bnegão " Humildade", Pergunte pra ele o que é .......


Conheci o cara na quinta feira e já sou um admirador, pela sua humildade,alegria,profissionalismo e por ahe vai,quen esteve nesta quinta na aquarius sabe do que estou falando. Sucesso bernardo vc é o kara !!!!!!

Entra no site do cara, baixe as musicas,vamo fortalecer quen merece.

www.bnegao.com.br

Ouvindo: Um Rapper Potuguês,não deu tempo de ouvir o nome ainda....é radio....

Thursday, August 17, 2006

va - az' - mad beats ( mp3 free )


Disquinho bacana só fera, Beastie Boys ,KRS-One,Lords Of The Underground e por ahe vai, baixe ahe e confira !!!!

Genre: hip-hop
Playtime: 01:01:59
Playlist:

1. Beastie Boys - Get It Together (4:05)
2. Big L - Put It On (3:38)
3. KRS-One - MC's Act Like They Don't Know (4:56)
4. Artifacts - This is da way (3:47)
5. Da Youngsta's - No more hard times (4:08)
6. Fu-Schnickens - Voice of da Ghetto (4:03)
7. Lords Of The Underground - Keep It Underground (4:07)
8. Funkdoobiest - Where?s It At (3:40)
9. Tha Alkaholiks - Soda Pop (2:48)
10. Masta Ace INC - Crazy Drunken Style (3:30)
11. Heltah Skeltah - Perfect Jab featuring Supreme (4:09)
12. Pete Rock & C.L. Smooth - I Get Physical (5:03)
13. Naughty By Nature - Hip Hop Hooray (4:27)
14. Common - Real Nigga Quotes (5:24)
15. J-live - Longevity Main (4:14)

Clique ao lado e baixe o disco :Скачать сборник

Ouvindo : Bezerra da Silva- Defunto Caquete.

Sunday, August 13, 2006

Friday, August 11, 2006

Noite Espetacular onten !!! A festa foi loka a galera gostou do meu set, varios vieran falar comigo perguntar sobre os sons e tal, e a presença de varios amigosque eu naun via a anos, ja que o aniversário era tbm do dj kl Jay e da Flora da Cash beat.
Entre os presentes estavan Dj primo,Dj Kefing,Dj Ajamu,Dj will,Dj Cesar,Dj kl Jay,Dj Marco,Paulo Brown,Max b.o,Gil ( Bocada forte),Dj Rafael,Mano Brown, DJ Célio e gordo ( Gordu´s discos) foran alguns que estiveran e que me recordo no momento.
Teve bolo salgadinhos e outras cositas mas....
Breve fotos da festa aki,dia 24 é em são jóse com apresença confirmada de B Negão( Planet Hemp).

Thursday, August 10, 2006

Morre Moacir Santos



A música brasileira perdeu mais um de seus maiores gênios. Morreu no último domingo (06/08), o maestro pernambucano Moacir Santos.
Ele estava internado há dois dias, depois de sofrer derrame em Los Angeles, onde vivia com a mulher Cleonice Santos.
Professor de bambas como Baden Powell, João Donato e Roberto Menescal, o maestro é reverenciado por suas orquestrações únicas -- que misturam um acento afro e a vocação erudita com uma absurda elegância. Sua obra maior é "Coisas", lançado em 1965. O álbum (raríssimo em LP) chacoalhou o samba-jazz com uma sonoridade nova e foi influência determinante para outro disco fundamental -- "Os Afro-Sambas" (de Baden Powell e Vinícius de Moraes).
"Coisas" foi também o único disco de Moacir lançado no Brasil.
Sem reconhecimento merecido em seu próprio país, ele foi morar nos Estados Unidos em 1967 onde lançou outros discos e virou ghost writer de Henry Mancini -- há um boato, inclusive, que o tema de "Missão Impossível" foi criado pelo brasileiro e creditado ao norte-americano.
Em compensação, sua obra ganhou o devido valor nos últimos anos.
Graças ao empenho dos músicos Mário Adnet e Zé Nogueira, todos seus discos originais foram relançados em CD a partir de 2001 e até composições inéditas foram gravadas em "Ouro Negro" (2001) e "Choros e Alegria" (2006).
A dupla é responsável também pela formação da Banda Ouro Negro, um dream team da música instrumental brasileira atual que empenha-se em apresentar ao vivo a música de Moacir em arranjos fiéis.
Esse ano, Moacir ganhou o Prêmio Shell de Música (que lhe seria entregue em novembro) e "Choros Alegria" levou o Prêmio Tim de Música na categoria "projetos especiais". O maestro havia completado 80 anos no último dia 26 de julho. Bom descanso.

Clique aqui para ler entrevista com Moacir Santos e aqui para ver fotos da Banda Ouro Negro.

fonte: radiolaurbana

É hoje


Hoje é meu aniversario,estarei tocando na festa do dj Kl jay q tbm faz aniversario hj... amanhã direi como foi !!! Queria agradecer aos telefonemas mensagens etc e tal que recebi muito obrigado.

Friday, August 04, 2006

Afrobeat é compromisso




Por Ramiro Zwetsch

Quem teve a sorte te assistir ao vivo, pirou. Foi o caso de Bootsy Colins – lendário baixista do funk, que acompanhou tanto James Brown quanto os grupos Parliament e Funkadelic (ambos liderados pelo lunático George Clinton). “Fela apareceu e quebrou tudo. Eu nunca tinha assistido ou sentido nada igual a aquele som, tá ligado? Foi incrível e eu acho que absorvi tudo que eu estava ouvindo e vendo. Eu simplesmente trouxe aquilo de volta comigo e se tornou uma parte de mim.” Bootsy falava sobre o músico nigeriano Fela Anikulapo Ransome Kuti que, como bem descreveu, costumava causar estrago pelos palcos por que passava.
O próprio James Brown também ficou impressionado quando’ o viu tocar (provavelmente, em alguma data perdida na década de 70). “Quando estivemos em Lagos, visitamos o clube de Fela Ransome Kuti. A banda dele tinha um ritmo forte.

Acho que Clyde absorveu um pouco daquele som no seu jeito de tocar e Bootsy fez o mesmo”, escreveu, em sua autobiografia, referindo-se ao baixista e a Clyde Stubblefield, um dos bateristas que tocou por mais tempo com Brown.
As lembranças dos dois músicos – ambos figuras essenciais na concepção do funk norte-americano – ilustram uma das mais saudáveis trocas de referências que já brindaram a música, já que o próprio Fela Kuti não escondia a influência que o soul de James Brown exercera na sonoridade de sua primeira banda, The Koola Lobitos (formada em 1961e rebatizada, oito anos depois, para Nigeria 70).
O batera Tony Allen, fiel escudeiro de Fela, também guarda recordações do encontro com os JB's. "Eles foram ao nosso concerto e o diretor musical de James Brown sentou-se bem ao meu lado. Enquanto ele observava o movimento dos meus pés, eu rachava o bico", disse em entrevista à revista Wire.



Tony Allen, porém, disse à Radiola que não conheceu James Brown pessoalmente. Leia a entrevista com o baterista.

GARANHÃO NIGERIANO Naquela altura, Fela Já tinha iniciado uma trajetória sem precedentes na música. Tornou-se, no mínimo, o artista mais importante da Nigéria. Espremeu o funk e o jazz, adicionou tempero africano e garantiu o sabor do caldo com o seu próprio talento e a extrema competência dos músicos que formaram suas big-bands. Inventou o afrobeat. Gravou mais de 80 discos em 30 anos. Deu visibilidade para Tony Allen, um dos mais criativos bateristas em atividade

(clique aqui para assistir trechos de entrevista exclusiva e do show de Tony Allen em São Paulo).

Desafiou o governo Decidiu, em 1974, que sua residência seria um estado independente e lhe deu o nome de república Kalakuta. Depois de meter a boca nas autoridades, em um show de 77, viu sua mãe morrer durante uma invasão policial à sua casa.
A senhora Olufunmilayo Ransome-kuti, então com 77 anos, foi arremessada pelos invasores do primeiro andar de Kalakuta. Ficou 27 dias no xadrez. Em 1978, casou em uma mesma cerimônia com 27 mulheres (muitas delas dançarinas e cantoras de sua banda) e batizou todas com seu sobrenome: Anikulapo-Kuti. Se candidatou, em 1979, à presidência da república da Nigéria. Candidatura rejeitada. Foi preso de novo.
Dessa vez, em 1984, amargou 20 meses de reclusão. Morreu de Aids em 1997.

Paralelamente a tudo isso, Fela construiu uma obra absurda. Destacar um só álbum é até leviano. Foi na década de 70, com a retaguarda da banda Africa 70, que o músico disparou a maioria esmagadora de seus clássicos. Qualquer álbum do período, portanto, é tiro certeiro. “Fela’s London Scene” (70), “Roforofo Fight” (72), “Expensive Shit” (75) e “Up Side Down” (76) são alguns dos discos que a Radiola Urbana conhece e recomenda.

Em 1977, especificamente, o homem viveu dias inspiradíssimos. Naquele ano foram lançados “Sorrow, Tears And Blood”, “No Agreement”, “Zombie”, “Shuffering & Smile” e “Opposite People”. Todos clássicos.
Especialista na construção do grooves sólidos e duradouros, Fela gostava de sustentar a introdução instrumental por 10 ou 15 minutos – inserindo a melodia somente do meio para o final das músicas. Para isso, contava sempre com a levada de Tony Allen, linhas de baixo pulsantes e pontuação agressiva dos metais.
Como quase todas as faixas desse período duravam entre 15 e 20 minutos, os LPs dessa fase trazem quase sempre uma música de cada lado do vinil.

PRATO FEITO Boas coletâneas podem servir de petisco para quem ainda não degustou nenhum dos pratos do cardápio do chef Fella. “The Best Of Fela Kuti” (CD duplo) e o box de três CDs “Fela Anikulapo Kuti – King Of Afrobeat: Anthology” são suculentos aperitivos. Os mais famintos ou já iniciados podem se servir com algum dos quatro volumes do box set que oferece seis LPs originais – uma refeição completa.

Recentemente, uma espiã da Radiola encontrou o volume 3 da série por 50 euros na Fnac de Paris. Gravado em 1989, “Beasts Of No Nation” guarda importância simbólica justamente por surgir em um período distante da fase áurea da carreira do músico. A faixa-título (12:42 de duração) traz a voz de Fela já nos primeiros segundos e o elemento que demora a aparecer, aqui, são os sopros.

Com harmonização dos teclados em evidência, Fela e a banda Egypt 80 (um conglomerado de 30 músicos) conseguem submeter a herança da sonoridade da Afrika 70 para uma sutil variação – que se percebe também, na intervenção das seis vozes de apoio e no timbre do cantor, mais suave em alguns momentos. Suavidade que vocifera alguns dos versos mais ácidos do nigeriano.
Já na capa do álbum, o músico já indica para quem é o recado: a ilustração mostra lideranças do período (o presidente norte-americano Ronald Reagan, a primeira-ministra da Inglaterra Margaret Thatcher e o presidente da África do Sul, P.W. Botha) caricaturizadas como vampiros, com sangue saindo por suas bocas.
GOODFELLAS A química rara de groove com engajamento chamou atenção de algumas das figuras mais inventivas do hip hop atual. “Eu respeito o esforço de Fela em tentar promover uma mudança positiva por intermédio de sua música.

Seu som é um dos melhores que eu já ouvi”, disse certa vez, por exemplo, Adam Youch dos Beastie Boys

(clique aqui para ler texto da Radiola Urbana sobre Beastie Boys).

Uma boa amostra da afinidade do hip hop com a música do nigeriano está no disco “Red Hot & Riot”, da organização Red Hot – um tributo à música de Fela. Uma das melhores faixas do álbum, “Kalakuta Show”, por exemplo, reúne Mixmaster Mike (DJ dos Beastie Boys), Lateef (MC do Latrix) e Gift of Gab, rapper do Blackalicious – grupo que buscou em “Colonial Mentalaty”, o sample para uma de suas melhores músicas: “Smithozian Institute of the Rhyme”, do disco “Nia” (2000).
A química é infalível: os dois rimadores fazem duelo sobre a base de afro-beat (modificada e acelerada pela intervenção do DJ) e o resultado é de espalhar euforia na pista de dança. A outra faixa fundamental do disco promove o encontro dos rappers Talib Kweli e Dead Prez com o brazuca Jorge Ben Jor e o grupo Positive Force (conglomerado de ex-integrantes das bandas de Fela). A versão para “Shuffering & Shmiling” é surpreendente: Ben Jor tira do gogó o mesmo falsete dos tempos em que se chamava só Ben (êxito somente comparável à participação do mesmo Jorge na música “Malungo”, da Nação Zumbi pós-Chico Science) e a fusão bem dosada de rap, metais felakutianos e guitarra benjoriana explode nos ouvidos como massagem sonora. Aos durangos, resta uma boa pesquisa no Kasaa ou genéricos.
Quem quiser os discos, em CD ou vinil, terá que desembolsar o desgostoso preço da importação – mas, pode ter certeza, o deleite vale o investimento.

Leia mais sobre Fela Kuti aqui:

http://www.redhotriot.com/

http://www.felaproject.net/

E clique aqui para ouvir nosso programa de rádio em homenagem ao Fela Kuti

Fonte : www.radiolaurbana.com.br