Wednesday, September 27, 2006
Dia 21, discursando em Natal, Lula prometeu transpor as águas do São Francisco, trazendo água para o Rio Grande do Norte. Duas horas depois, discursando em Sergipe, Lula prometeu que não ia fazer a transposição porque "o Rio São Francisco não tem água". Como dizia o Brizola, esse filho-da-puta é capaz de pisar no pescoço da mãe para se eleger.
Sabrina Malheiros
Tracklist:
1. Terra De Ninguem
2. Love Sorte
3. Saudade Rio
4. Maracatueira
5. Vibrasom
6. Passa
7. Equilibria
8. Estrada De Chao
9. Estacao Verao
10. Eu Sous Mais Eu
11. Cade Voce
12. Capoeira Vai
13. Nao Quero Nem Saber
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Biografia
Descrito como “O primeiro álbum contemporâneo brasileiro que é tão bom quanto os clássicos brasileiros do passado”, Equilibria é o disco de estréia da cantora e compositora Sabrina Malheiros.
Nascida no Rio há 26 anos, Sabrina apresenta uma sublime mistura de bossas e sambas com toques de hip-hop, r´n’b e eletrônica. Equilibria combina as eternas composições brasileiras com batidas contemporâneas, produzindo a mais quente estréia desse ano.
A experiência musical de Sabrina é vasta. Isso não é surpresa, levando em consideração sua herança musical. Sabrina é filha de Alex Malheiros, baixista do legendário trio brasileiro Azymuth. Seu avô tocou com Sérgio Mendes e foi o primeiro brasileiro a manufaturar um baixo elétrico, além de seu tio ter sido o primeiro luthier brasileiro a criar instrumentos eletrônicos no Brasil! Sabrina esteve atenta, sem dúvida, à toda essa influência: “Eu cresci escutando o Azymuth; a música deles está fixada na minha vida. Meu mestre é João Gilberto, de fato na minha infância o meu “brinquedo” favorito foi um LP do João que eu levava comigo pra todos os lugares!”
Com 6 anos de idade Sabrina esteve envolvida em sua primeira escola de música, e aos 12 ela já tinha feito uma gravação de estréia cantando a faixa título do álbum de 1991 do Azymuth, "Curumim"! Sabrina continuou seus estudos, eventualmente na academia de música do legendário compositor brasileiro Eduardo Villalobos. Aos 19, Sabrina gravou com o aclamado grupo japonês de Acid Jazz United Future Organisation, aí uma segunda participação especial com o Azymuth. Ela também gravou 4 músicas para a trilha sonora do filme “A terceira morte de Joaquim Bolívar”, incluindo o sucesso Europeu, Dancing in Rio com Paulo Williams. Em 2002 Sabrina foi convidada para participar do projeto Superágua, uma faixa produzida pelos DJ/Produtores brasileiros DJ Jonas & Ulisses Cappelletti. Essa faixa foi licenciada para muitas compilações de chill-out no mundo todo, e eventualmente, se transformando num grande sucesso. Nessa época, Sabrina começou a trabalhar no que seria o seu álbum de estréia.
Com sete sambas e seis bossas, Equilibria é puro e simplesmente os melhores sentimentos do Brasil.
O álbum foi escrito por Alex e Sabrina Malheiros, com colaboração de integrantes das bandas Azymuth (Jose Roberto Bertrami nos teclados, Ivan Conti na bateria e percussão e do grande Cidinho Moreira) e, do monstro Jazz-Soul-funk do Reino Unido, Jean-Paul “Bluey” Maunick, líder do Incognito. Contou ainda com composições de Sabrina em parceria com Daniel Maunick (conhecido como DJ Venom, produtor do album).
Sabrina escreveu e co-escreveu 9 das 13 faixas do álbum em casa com seu pai, dando à Equilibria uma calorosa e íntima vibração. Sabrina cresceu ouvindo Sérgio Mendes, Banda Black Rio, Ana Mazzotti e Marcos Valle - "Samba e bossa fazem parte da minha vida" - diz a cantora e continua: "Com meu pai Alex Malheiros no Azymuth e meu avô Zezinho que tocou com Sérgio Mendes, eu sempre estive às voltas com as batidas do samba".
Equilibria é a primeiro álbum de Sabrina para o aclamado selo londrino Far Out Recordings , o lar de Joyce e Marcos Valle.
Equilibria contém a versão original do hit Estacao Verao, originalmente lançado no ano último verão na Europa. Com esse sucesso, remixado por ninguém menos que Kenny Dope, o single recebeu uma aclamada crítica e tornou-se o best-selling da Far Out 12”. Como o mundialmente renomado produtor/DJ Rainer Truby diz , this is a “Top notch original, a real little gem and has a dope Dope rework taking it to the floor!”
Seguindo esse furacão em saltos altos, vem um segundo single de Equilibria; Maracatueira - um remix do Incognito que pega o samba e transforma numa deliciosa bossa-jazz-house! Bluey, o mestre do Jazz-Funk Britânico, apresenta ninguém menos que Ski Oakenful nos teclados e DJ Venom na programação. Desde o eufórico set de cordas que representam a abertura do ‘Main’ mix você logo sabe que essa é uma faixa épica – a insistente bossa beat, a clareza das cordas, a melodia da guitarra de Bluey e o reflexivo teclado de Ski faz com que essa música garanta a luz do sol!
Como o nome sugere, Equilibria, é uma mistura perfeita – composições clássicas brasileiras combinada com uma produção contemporânea – uma produção atrativa, para ambos, os fãs da Far Out, assim como também, para aquelas pessoas que estão totalmente antenadas no movimento ‘Nu-Brazil’. A combinação da exuberante juventude de Sabrina e a experiência de 30 anos de seu pai Alex Malheiros faz desta uma realizada estréia que está fazendo deste o mais original álbum brasileiro de 2005.
www.sabrinamalheiros.com
Ouvindo: Sabrina malheiros- Eu Sous Mais Eu
Thursday, September 21, 2006
Ed Motta
Esse joga no meu time !!!! Só tem um pouquinho + de discos q eu né ??????
Ouvindo : Heddie Anderson- Kudu
Wednesday, September 20, 2006
Terça Nobre ( Dunluce Irish Pub )
Noite super agradavel onten, gente bonita, boa musica realmente a anos não tocava em uma festa tão especial,semana que vem tem +.
Ouvindo: Seu Jorge- Carolina
Ouvindo: Seu Jorge- Carolina
Dj Samurai ( Angola )
Descobri esse blog por acaso http://madtapes.blogspot.com/ e olhando ele deu pra ter uma noção de como anda o movimento hip-hop em angola,já que não chega muitas noticias por aqui um exelente blog muita informação bem ilustrado,varios grafites fotos festas e por ahe vai,o legal é que por ser em português fica facil né?
Veja tambén o site http://www.hipflickz.com/ site de hip-hop angolano.
O idealizador dele é o dj Samurai que disponibizou nele a sua mixtape.
Clique aqui e baixe a mixtape do dj Samurai ( Angola).
Ouvindo: www.swissgroove.ch ( Radio de groove´s da Suissa)
Mancada Mano !!!!!!!!!!!
Os ultimos 3 post´s foi devidamente ''furtado'' ou ''emprestado'' de um dos melhores blog´s diponiveis, to falando do blog www.dovelhoaonovo.blogspot.com do DJ GROOVE PROVIDER pelo que eu vi é um brasileiro que vive em londres, o cara tem um conhecimento musical e um bom gosto pouco visto, pode entrar e baixar que é só coisa fina.
Saturday, September 16, 2006
Friday, September 15, 2006
N´DAMBI - "Little Lost Girls Blues"
Fabuloso álbum de estréia da backing vocal principal da banda de Erykah Badu, N´Dambi. Nu Soul jazzístico da melhor qualidade, com vocais perfeitos e melodias idem. Ouvindo o álbum, a sensação que se tem é de tranquilidade total, com grooves lentos e gordos e um flow sensacional. Picture This já abre o álbum com tudo e faz faler a bolacha. Baixe já !!
Tracklist:
1. Picture This
2. Deep
3. Rain
4. What's Wrong With You
5. The Meeting
6. See Ya In My Dreams
7. Lonely Woman
8. Soul From The Abyss
9. The Sunshine
10. Can This Be Love
11. I Think For Sure
12. Broke My Heart
13. Crazy World
14. Lonely Woman (Interlude)
Download
Thursday, September 14, 2006
ROY AYERS PRESENTS UBIQUITY - "Starbooty"
Raridade !!!!!
Funkeira acelerada da pesada, bem ao estilo dos álbuns setentistas de Ayers. Neste álbum, o vibrafonista apenas produz o álbum e arranja algumas faixas, afinal de contas, uma espécie de troca de favores, uma vez que o Ubiquity abrilhantou muitos álbuns de Roy. Aqui, a banda resolve mostrar a cara, dizendo o porque de ter sido escolhida por Ayers para acompanhá-lo por tanto tempo... Comprovem !!
Tracklist:
1. Starbooty
2. Simple and Sweet
3. Spread It
4. The Five Flies
5. Midnight After Dark
6. Love Is Love
7. Can You Be Yourself
8. If You Wanna See The Sunshine
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DEODATO - "Summer Samba: Deodato Plays Marcos Valle"
Mais uma grande obra de Eumir Deodato. Um mestre recriando canções de um outro mestre. Simplesmente essencial...
Tracklist:
1. Crickets Sing for Anamaria [Os Grilos]
2. Summer Samba [Samba de Verão]
3. Maria's Dream [Sonho de Maria]
4. Even More Beautiful
5. Land of No Body
6. Chup, Chup, I Got Away [Gente]
7. Love for Nothing
8. Out of Time
9. Flap
10. White Puma
11. Summer Samba (Samba de Verão) [Original LP Stereo Mix] - Marcos Valle
12. Crickets Sing for Anamaria [Original LP Stereo Mix]
13. Crickets Sing for Anamaria [Original Single Mono Mix]
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Direto do Laboratório ... várias experiencias ...
Já faz tempo que o Rap, principalmente no Brasil, deixou de ter aquela batida repetitiva, vocais exclusivamente falados e letras que se restringem unicamente a temas como violência, desigualdade social e a dura realidade da periferia. Essa vertente do Rap, ainda existe e é, sem dúvida, das mais fortes dentro do estilo. Porém, a mistura com R&B, Funk de raiz, Hip Hop, Soul entre outros estilos de música se torna cada vez mais freqüente, assim como as rimas que tratam de temas variados e, às vezes, até bem humorados.
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Como uma forma de registrar esse fenômeno, o álbum “Direto do Laboratório” reuniu 13 dos nomes que mais têm se destacado na cena do Rap nacional nos dias de hoje. Misturando nomes já conhecidos como Max B.O., SP Funk e Potencial 3 com os estreantes do Projeto Manada, Elo da Corrente e Ciência Rimática, o saldo final é extremamente positivo.
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A preocupação com os arranjos mais elaborados, produção instrumental bem cuidada e até com refrãos cheios de melodia, mostra que os grupos estão em constante evolução. As experimentações desse “Laboratório” provam que apesar de não terem muito espaço na mídia, os MCs formam uma cena consistente e em crescimento acelerado.
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É difícil apontar destaques. Os momentos que mais chamam a atenção do ouvinte num primeiro momento, entretanto, acabam sendo a irreverente “Vagabundo”, do Quinto Andar, a presença feminina de Lurdez da Luz em “Crash! Bum! Bang!”, do Mamelo Soud System e “Saber Jogar”, do Conseqüência, que faz uma analogia das dificuldades da vida com um jogo de xadrez.
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Em mais de 50 minutos de rimas, “Direto do Laboratório” acaba cumprindo seu papel e, além de dar uma oportunidade para novos talentos e divulgar outros que, mesmo veteranos ainda são desconhecidos, dá também um passo a mais na divulgação e no combate ao preconceito contra o Rap nacional.
Faixas:
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01. A Volta dos que Não Foram (SP Funk)
02. Primeiro Ato (Projeto Manada)
03. Processo (Ascendência Mista)
04. Se Joga (Max B. O.)
05. Vagabubndo (Quinto Andar)
06. Rastro Mágico (Rua de Baixo)
07. Saber Jogar (Conseqüência)
08. O Grau do Meu Som (Potencial 3)
09. Crash! Bum! Bang! (Mamelo Sound System)
10. Godfather Dominando o Espaço Sideral (Ciência Rimática)
11. Bairros Cidades Estrelas Constelações (Mzuri Sana)
12. Alguns Pensamentos (Elo da Corrente)
13. Unhas e Dentes (Paulo Napoli)
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Então liga o toca-discos e boa viagem: Direto do Laboratório
Fonte : www.tocadiscopublico.blogspot.com
Sunday, September 10, 2006
Friday, September 08, 2006
Thursday, September 07, 2006
INTERROGAÇÃO
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de inverno.
(...)
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
Camilo Pessanha
Ouvindo :Cotom Comes To harlen- Harlen Medely ( Blaxpotation)
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de inverno.
(...)
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
Camilo Pessanha
Ouvindo :Cotom Comes To harlen- Harlen Medely ( Blaxpotation)
Wednesday, September 06, 2006
Especial Mix Tapes - 2ª Parte ( Dj Tamenpi)
No Brasil a cultura das mixtapes nunca teve muita notoriedade. Aqui era mais um cartão de visita de um DJ, um set gravado das principais músicas, nunca foi algo realmente levado a sério. Porém, quatro anos pra cá estão aparecendo diversos lançamentos, sempre de maneira independente e com pouco apoio. Mas mesmo assim bastante coisa de qualidade.
Um dos primeiros exemplos foi o MC/produtor Parteum, conhecido do Rap alternativo brasileiro. Ex-skatista profissional, Parteum lançou uma mixtape intitulada “Patrocínio Quebrado” antes de lançar seu disco oficial, “Raciocínio Quebrado”, pela gravadora Trama.
Nessa mix fez um cd com alguns remixes de músicas que estão no álbum, músicas novas de seu grupo, Mzuri Sana e músicas instrumentais que ficaram de fora do álbum, “A intenção foi divulgar meu trampo sem ter de esperar pelo lançamento oficial do Raciocínio Quebrado”, diz. Depois do lançamento do disco oficial, lançou outra mix chamada “Entressafra” com um material que tinha ficado de fora do disco, e mais mixtapes vem aí, “já tem outra no forno”. “A arte independe da sazonalidade do ´Mercadão´. Vendo as mixtapes nos shows e em algumas lojas de skate, nada muito divulgado”, complementa.
O ano de 2005 teve ótimos lançamentos. Um deles foi a mixtape “Raps de Verão” idealizada pelo rapper Paulo Napoli, com apoio da marca de roupa Most. A “Raps de Verão" surgiu da necessidade de mostrar toda uma cena que ainda está escondida dos olhos do grande público. Juntei todo esse material pelo MSN Messenger e mixei em casa todos esses grupos.
O resultado foi uma coletânea única, que registra um momento específico do Rap no Brasil. A Most bancou a produção dos CDs e tivemos alguns grandes momentos com shows em SP e RJ”, fala Napoli. Nessa mix saíram grupos que ainda não tinham lançado seu
trabalho.
Outro destaque de mixtape brasileira foi a do MC/produtor Munhoz, que produziu todas as faixas e chamou MCs que considera importantes na cena atual do Rap alternativo. O resultado é a mixtape ”Munhoz & Prof° M. Stereo – Beats e Rimas Vol. 1” com 21 faixas de ótima qualidade. Uma grande surpresa nessa mix é o Prof° M. Stereo, um alter ego jazzistico do Munhoz que assina as passagens mais inebriantes dessa empreitada.
“Prof. M.Stereo é um nome que eu criei, pra dar vazão a um lado mais musical e experimental meu. Ele surgiu numa época que eu tava meio recluso, e vivendo uma fase bem difícil da minha vida, e as músicas que eu fiz com ele, foram quase psicografadas”, explica Munhoz.
No meio do ano passado, um dos MCs mais conceituados da cena brasileira lançou uma mixtape com um estilo bem particular. Esse MC se chama Kamau, MC do Instituto, do Simples e do extinto Conseqüência. Sua mix se chama “Sinopse”, onde ele faz uma amostra de toda sua carreira: “a intenção é mostrar meus trabalhos antigos com uma levada melhor e mostrar o que está por vir, pois é uma fase de transição pela qual passo no momento.
A mixtape reúne rimas feitas entre 97 e 2005 sendo uma mistura entre participações e músicas ainda não lançadas” diz. Essa mix foi feita nos moldes americanos, onde o MC e o DJ mostram muito serviço. Ele optou por colocar instrumentais de Rap gringo, “eu queria que a mixtape tivesse uma continuidade como de shows com interação entre DJ e MC, e não existem muitos vinis de instrumentais nacionais, e essa variedade era necessária pra se adaptar às várias letras que eu tinha pra mostrar”, explica. “Quando eu comecei no Rap a gente costumava comprar os vinis pra fazer show e era uma das maiores alegrias, comprar um instrumental pra usar no show. Eu quis retomar esse espírito e usar alguns discos que eu comprei e alguns que o Willian (DJ que mixou a mixtape) tinha também”, acrescenta.
O Rio de Janeiro também entrou nesse caminho das mixtapes. Na verdade o Rio lançou uma mixtape em 99, que vinha encartada numa revista. Era da Festa Zoeira Hip-Hop, que mostrava os grupos que freqüentavam a lendária festa que foi o ponta pé inicial pro Rap alternativo carioca. Mas em outubro de 2005 saiu a mixtape da nova geração carioca. Estamos falando da “Ikyxtape”, mixtape produzida por Iky Castilho.
São 28 faixas com a nata do Rap carioca, além de participações de grandes nomes de Sampa “A minha intenção principal foi tipo, vou botar o meu bloco na rua. Uma mixtape com umas músicas minhas chamar alguns amigos pra rimar nos meus beats e botar pra download de graça na Internet, a idéia foi essa. Durante o processo de gravação algumas pessoas ouviram e acharam que valia a pena fazer uma tiragem em CD”, explica Iky. Ela saiu com mixagem do DJ Babão e uma arte muito bem feita com graffitis de artistas cariocas de nome como Smael e Acme.
Mas não é só na música Rap que as mixtapes estão aparecendo aqui no Brasil. Um grande exemplo disso são as mixtapes lançadas pelo DJ paulista Pedrinho DubStrong. Ele já está em seu terceiro lançamento de mixtapes de música jamaicana. Seu primeiro lançamento “Original Fever” com participação do rapper francês Pyroman foi um sucesso de critica.
Nela, Dubstrong mixa grandes clássicos do Roots Reggae junto com raridades que ele, como colecionador e pesquisador de reggae (apesar de ser mais conhecido como DJ de Hip-Hop) possui. “A cultura das mixtapes é essencialmente norte americana, veio do Hip-Hop, que por sua vez é descendente direto do reggae. Na música jamaicana até existem algumas mixtapes, mas é nos “soundclashs” e nos “dubplates” que os jamaicanos extravasam. Nas minhas mixtapes também costumo gravar alguns ´dubplates´, que são versões exclusivas com MCs brasileiros ou gringos” diz. “Sou DJ de Hip-Hop também, mas o reggae e a cultura jamaicana sempre foram minha fonte primordial de pesquisa, então nada mais natural do que unir as duas culturas e fazer uma releitura através de mixtapes”. Aprovadíssima a idéia. O sucesso o fez lançar outra mais voltada para o ragga e dancehall (Uptown Skank), e em seguida lançou a “Uptown Skank Vol. 2” com um apanhado geral da música jamaicana.
A opção da mixtape no Brasil é uma coisa muito importante. Ela dá a oportunidade do artista aparecer sem precisar gastar uma quantidade muito alta de grana, e ainda possibilita fazer discos em parceria, vários grupos fazendo seu trabalho e lançados juntos.
+ Leia a 1º Parte
Fonte: www.bocadaforte.com.br
Ouvindo: DJ Tamenpi - Di Caô Vol. III
Um dos primeiros exemplos foi o MC/produtor Parteum, conhecido do Rap alternativo brasileiro. Ex-skatista profissional, Parteum lançou uma mixtape intitulada “Patrocínio Quebrado” antes de lançar seu disco oficial, “Raciocínio Quebrado”, pela gravadora Trama.
Nessa mix fez um cd com alguns remixes de músicas que estão no álbum, músicas novas de seu grupo, Mzuri Sana e músicas instrumentais que ficaram de fora do álbum, “A intenção foi divulgar meu trampo sem ter de esperar pelo lançamento oficial do Raciocínio Quebrado”, diz. Depois do lançamento do disco oficial, lançou outra mix chamada “Entressafra” com um material que tinha ficado de fora do disco, e mais mixtapes vem aí, “já tem outra no forno”. “A arte independe da sazonalidade do ´Mercadão´. Vendo as mixtapes nos shows e em algumas lojas de skate, nada muito divulgado”, complementa.
O ano de 2005 teve ótimos lançamentos. Um deles foi a mixtape “Raps de Verão” idealizada pelo rapper Paulo Napoli, com apoio da marca de roupa Most. A “Raps de Verão" surgiu da necessidade de mostrar toda uma cena que ainda está escondida dos olhos do grande público. Juntei todo esse material pelo MSN Messenger e mixei em casa todos esses grupos.
O resultado foi uma coletânea única, que registra um momento específico do Rap no Brasil. A Most bancou a produção dos CDs e tivemos alguns grandes momentos com shows em SP e RJ”, fala Napoli. Nessa mix saíram grupos que ainda não tinham lançado seu
trabalho.
Outro destaque de mixtape brasileira foi a do MC/produtor Munhoz, que produziu todas as faixas e chamou MCs que considera importantes na cena atual do Rap alternativo. O resultado é a mixtape ”Munhoz & Prof° M. Stereo – Beats e Rimas Vol. 1” com 21 faixas de ótima qualidade. Uma grande surpresa nessa mix é o Prof° M. Stereo, um alter ego jazzistico do Munhoz que assina as passagens mais inebriantes dessa empreitada.
“Prof. M.Stereo é um nome que eu criei, pra dar vazão a um lado mais musical e experimental meu. Ele surgiu numa época que eu tava meio recluso, e vivendo uma fase bem difícil da minha vida, e as músicas que eu fiz com ele, foram quase psicografadas”, explica Munhoz.
No meio do ano passado, um dos MCs mais conceituados da cena brasileira lançou uma mixtape com um estilo bem particular. Esse MC se chama Kamau, MC do Instituto, do Simples e do extinto Conseqüência. Sua mix se chama “Sinopse”, onde ele faz uma amostra de toda sua carreira: “a intenção é mostrar meus trabalhos antigos com uma levada melhor e mostrar o que está por vir, pois é uma fase de transição pela qual passo no momento.
A mixtape reúne rimas feitas entre 97 e 2005 sendo uma mistura entre participações e músicas ainda não lançadas” diz. Essa mix foi feita nos moldes americanos, onde o MC e o DJ mostram muito serviço. Ele optou por colocar instrumentais de Rap gringo, “eu queria que a mixtape tivesse uma continuidade como de shows com interação entre DJ e MC, e não existem muitos vinis de instrumentais nacionais, e essa variedade era necessária pra se adaptar às várias letras que eu tinha pra mostrar”, explica. “Quando eu comecei no Rap a gente costumava comprar os vinis pra fazer show e era uma das maiores alegrias, comprar um instrumental pra usar no show. Eu quis retomar esse espírito e usar alguns discos que eu comprei e alguns que o Willian (DJ que mixou a mixtape) tinha também”, acrescenta.
O Rio de Janeiro também entrou nesse caminho das mixtapes. Na verdade o Rio lançou uma mixtape em 99, que vinha encartada numa revista. Era da Festa Zoeira Hip-Hop, que mostrava os grupos que freqüentavam a lendária festa que foi o ponta pé inicial pro Rap alternativo carioca. Mas em outubro de 2005 saiu a mixtape da nova geração carioca. Estamos falando da “Ikyxtape”, mixtape produzida por Iky Castilho.
São 28 faixas com a nata do Rap carioca, além de participações de grandes nomes de Sampa “A minha intenção principal foi tipo, vou botar o meu bloco na rua. Uma mixtape com umas músicas minhas chamar alguns amigos pra rimar nos meus beats e botar pra download de graça na Internet, a idéia foi essa. Durante o processo de gravação algumas pessoas ouviram e acharam que valia a pena fazer uma tiragem em CD”, explica Iky. Ela saiu com mixagem do DJ Babão e uma arte muito bem feita com graffitis de artistas cariocas de nome como Smael e Acme.
Mas não é só na música Rap que as mixtapes estão aparecendo aqui no Brasil. Um grande exemplo disso são as mixtapes lançadas pelo DJ paulista Pedrinho DubStrong. Ele já está em seu terceiro lançamento de mixtapes de música jamaicana. Seu primeiro lançamento “Original Fever” com participação do rapper francês Pyroman foi um sucesso de critica.
Nela, Dubstrong mixa grandes clássicos do Roots Reggae junto com raridades que ele, como colecionador e pesquisador de reggae (apesar de ser mais conhecido como DJ de Hip-Hop) possui. “A cultura das mixtapes é essencialmente norte americana, veio do Hip-Hop, que por sua vez é descendente direto do reggae. Na música jamaicana até existem algumas mixtapes, mas é nos “soundclashs” e nos “dubplates” que os jamaicanos extravasam. Nas minhas mixtapes também costumo gravar alguns ´dubplates´, que são versões exclusivas com MCs brasileiros ou gringos” diz. “Sou DJ de Hip-Hop também, mas o reggae e a cultura jamaicana sempre foram minha fonte primordial de pesquisa, então nada mais natural do que unir as duas culturas e fazer uma releitura através de mixtapes”. Aprovadíssima a idéia. O sucesso o fez lançar outra mais voltada para o ragga e dancehall (Uptown Skank), e em seguida lançou a “Uptown Skank Vol. 2” com um apanhado geral da música jamaicana.
A opção da mixtape no Brasil é uma coisa muito importante. Ela dá a oportunidade do artista aparecer sem precisar gastar uma quantidade muito alta de grana, e ainda possibilita fazer discos em parceria, vários grupos fazendo seu trabalho e lançados juntos.
+ Leia a 1º Parte
Fonte: www.bocadaforte.com.br
Ouvindo: DJ Tamenpi - Di Caô Vol. III
Tuesday, September 05, 2006
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